quinta-feira, 22 de março de 2012

Orientação Sexual, Papel da Escola ou dos Pais?


Orientação Sexual, Papel da Escola ou dos Pais?

Antigamente a sexualidade era vista pela sociedade, como um tema “tabu”. Não se falava no assunto, apesar da sexualidade ser algo prazeroso, sempre esteve ligada a algo ”sujo e mau”.
Atualmente a virgindade deixou de ser um tabu para se tornar uma opção, jovens estão tendo suas atividades sexuais cada vez mais cedo, e por esta razão a preocupação dos pais fazem muito sentido, pois abre um leque de dúvidas, os pais se perguntam: Qual seria a melhor hora de falar sobre o assunto com seus filhos?
Para pais, seja sempre preocupado com seu filho, mas não exagerado, não se precipite ao flagrar seu filho num ato de masturbação isto é normal, apenas relaxe depois com calma converse com ele sobre o assunto e aproveite para orientá-lo corretamente como prevenir-se de doenças sexualmente transmissíveis, o uso correto de preservativo, a higiene do seu corpo e aos poucos vá englobando com clareza e confiança.
Muitos pais não se sentem a vontade em falar com seus filhos sobre a sexualidade achando que talvez, invadam sua privacidade, em alguns casos por não terem conhecimento adequado, modo de explicar certos assuntos.
Na verdade não existe um dia, hora certa para abordar o assunto, e sim uma oportunidade certa. Quando estiverem em casa assistindo um filme que tenha alguma cena envolvendo a sexualidade, aproveite para comentar a cena, sobre o uso ou não de preservativos, nada de tabu apenas esclareça a situação, de modo que não seja visto por ele com uma “lei” de mãe ou pai. Esteja sempre atento quando seu filho fizer um comentário sobre colega, amigo que está envolvido em uma situação e precisa de um auxílio, talvez seja ele mesmo o protagonista, caso perceba ou não, pergunte a seu filho: “Se fosse com você o que faria? ou o que acha da situação”? Também o pai pode aproveitar o assunto e falar: Se tivesse ocorrido com você meu filho, e procurar dar apoio, solucionar a questão.
Para aqueles pais que não tem conhecimento adequado em falar sobre sexualidade, prevenções etc., aconselho antes da conversa procurar se aprofundar melhor sobre o assunto, pois as crianças sempre acabam fazendo perguntas e temos que passar confiança naquilo que estamos falando. Vou dar um exemplo: “Filho, o uso de preservativos é muito importante, pois sem ele o risco de pegar uma doença venérea, ou até mesmo uma gravidez não desejada está presente.” Então seu filho faz aquela perguntinha: “Doença venérea? Que tipo? O que acontece?” E agora o que dizer?

Existem pais que tiveram uma educação rígida, acreditam que as crianças não devem fazer perguntas sobre sexo por achar que não possuem idade apropriada para entender ou então sentem vergonha de falar sobre sexo, a causa pode estar relacionada a uma infância mal orientada. Segundo Freud, afirma que as crianças devem receber educação sexual assim que demonstrem algum interesse pela questão (KUPFER, p. 46, 1997).
Assim como a criança tem idade de perguntar, tem para ouvir. Os pais nunca devem dar respostas como se fossem “contos de fadas” ou erradas, muito menos envolver “cegonha”. Claro que possa dar uma explicação verdadeira na linguagem adequada para cada idade. De acordo com Suplicy, “É no lar que o ser humano deveria ter a primeira educação sexual.” “No momento que seu filho descobrir que você o engana você não será mais um pai ou mãe perguntável. Você perde credibilidade, mas seu filho continua curioso e perguntará aos colegas” (1983, p. 36).
Realmente é difícil para os pais lidarem com situações como estas, mas é importante buscarem conhecimento para não serem radicais.
Sugiro como leitura o livro “Falando Com Seu Filho Sobre Sexo: Perguntas E Respostas Para Crianças Do Nascimento Até A Puberdade” (Mary S. Calderone e James W. “Ramey)”. O livro é ótimo, de fácil entendimento, mas não pegue o livro e dê para seu filho ler, este é seu papel, pois a criança mesmo lendo nem sempre entende da mesma forma que um adulto, o melhor de tudo é a interação, participação de um momento especial na vida do seu filho, um sentimento como pais de tarefa resolvida corretamente.
Quanto ao papel da escola, professor, deve-se estar atento ao dia-dia, perceber e orientar em situações que poderão ocorrer durante o ano letivo, porém o educador deverá estar capacitado para a tarefa. Muitas escolas tem projeto de orientação sexual os quais abordam diversos assuntos tais como: Sexo seguro, doenças transmitidas sexualmente, métodos anticoncepcionais, abortos, homossexualidade e bissexualidade, entre outros. Caso a escola não tenha um projeto de educação sexual, fale com a direção aborde o assunto, pois a participação dos pais é de suma importância para que ambos busquem da melhor maneira orientar seus filhos sobre a vida e seus conflitos.
Sabe aquele velho debate entre pais, de quem irá orientar seu filho sobre educação sexual, se tiver menina a mãe fala e o menino o pai? Vai depender se é com o pai ou a mãe que a criança sente-se a vontade de falar sobre estes assuntos, e se a criança não se sente a vontade for muito fechada, tímida com os pais propicie sempre diálogos abertamente sobre diversos assuntos, situações engraçadas ou não de quando foram crianças, adolescentes, mas de forma respeitosa, para que seu filho não fique constrangido perante a imagem de pais, pois dependendo do que for falado o pensamento da criança é assim: Se meu pai disse que fez e não aconteceu nada, eu também posso fazer.”

Deixarei links de sites que abordam este assunto, espero que tenham gostado do post e se quiserem comentem. Abraços.

Postado por Marcia Adriane.

Fontes de pesquisa:

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/gestao/orientacao-sexual-428182.htm

http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos_simaia_orientacao_sexual.htm

http://www.profala.com/artpsico28.htm

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Filhos São do Mundo





Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.

Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e
aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas “crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver".

José Saramago

Confesso ter dificuldade em aceitar que criamos nossos filhos para o mundo. Muitas vezes contornamos alguns obstáculos para protegê-los mas nem sempre é possível neste mundo em que vivemos.
A melhor coisa para se fazer é apenas conversar, mostrar o caminho certo e errado e suas consequências, deixar que eles escolham o que fazer,continuar propiciando muito amor,dedicação para aqueles que já foram nossos pequeninos desprotegidos e que agora criaram asas...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vida Nova...


Olá,ando meio afastada do Blog temporariamente,estou na correria...No momento estou me programando para uma futura mudança de Estado mais uma vez já que venho do RS para SP e agora estou indo para Santa Catarina,Ilha de São Francisco do Sul, foto acima meu novo lar que será a partir de Julho durante férias da escola. Por um lado é bom conhecer novas culturas,ambientes,pessoas mas por outro lado,agora depois de quase 3 anos morando aqui em SP já estava me acostumando com a cidade,terei que começar outra vez.Penso muito nas crianças que passam por uma dificuldade de adaptação na nova escola,novos amigos,sei que não será fácil para eles, mas farei de tudo para propiciar momentos felizes assim como tivemos ao chegar aqui em SP,e quanto as amizades por aqui ficarem acredito que se realmente forem amigos não deixarão de mandar notícias por Msn,Orkut,Facebook,ferramentas estas que antigamente não existiam,rsrsr Hoje em dia está cada vez mais fácil a comunicação entre as pessoas.Estou em uma fase muito feliz na minha vida,pois com esta mudança ficaremos mais próximos do meu RS minha Terra amada! Gostei muito de morar aqui em SP aprendi muitas coisas boas,conheci pessoas,lugares mas nada melhor do que nosso lar não é mesmo? Acho que ainda não havia comentado quem é a criança que está na foto do meu Blog, se trata de uma homenagem ao meu 1º sobrinho Israel atualmente com 4 anos,adorei a foto em que está no cesto do Supermercado,rsrss

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Selinho Prêmio Sunshine Award



Obrigada amiga Karina do site http://artekaka.blogspot.com/ que com carinho me presenteou com este lindo selinho. Abraços!

Regrinha de quem ganha o selo:

Criar um artigo sobre o prêmio;

Criar um link de quem indicou

Indicar outros 12 blogs para a sunshine award;

Informar as indicadas sobre o selo deixando um comentário em seu blog.

Os meus indicados são:

1) http://conhecerensinareaprender.blogspot.com/(Luciana)

2) http://beperuibe.blogspot.com/(Bê)

3) http://sabrinayamauti.blogspot.com/(Sabrina)

4) http://artesanatosdaelisete.blogspot.com/(Elisete)

5) http://fazendoartenaescola03.blogspot.com/(Sheila)

6) http://desenvolvimentoemquestao.blogspot.com/(Marcos)

7) http://maimake.blogspot.com/(Maiara)

8) http://agdaartes.blogspot.com/(Agda)

9) http://walkiriasampaio.blogspot.com/(Walkiria)

10) http://eevivendoeaprendendo.blogspot.com/(Leila,Rose,Ruth)

11) http://azuen-reinoencantadodasalmofadas.blogspot.com/(Nexita)

12) http://alemdocaderno.blogspot.com/(Isabel)

13) http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/ (Andreza)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Amizades que fazemos ao longo do caminho...




Hoje resolvi escrever um pouco sobre amigos que encontramos pelo caminho de nossas vidas.Amigos estes que nos fazem rir,chorar de tanto rir!Compartilhar segredos,angústias,alegrias, enfim, de tudo um pouco.
Muitas pessoas não levam á sério suas amizades provenientes de interesses pessoais,só se dão conta quanto as perdem de forma mais inesperada. Uma amizade bem cultivada vale muito mais do que se possa imaginar.Desde pequenos aprendemos muito com elas na escola,na vizinhança,no trabalho,no supermercado,shoppings etc.Ter um amigo para compartilhar momentos é muito importante,pois necessitamos deste lado social.
Nem sempre conseguimos manter o mesmo contato devido nossas vidas particulares,pois casamos constituímos família,mas sempre sobra um tempinho para um bom dia,olá,como estás? não é mesmo? No meu caso mesmo morando longe deles não quer dizer que eu os esqueci.Tenho muito carinho por todos eles e sei que sabem disso,embora não consiga vê-los sempre.Queria eu poder ter maior contato com eles,um Happy-hour talvez...
Bom para concluir esta postagem vou deixar uma mensagem para todos vocês amigos para todas as horas.Bjs.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Há duas formas para viver sua vida :
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Autor desconhecido.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Palmada educa?

Alguns pais estão resgatando o autoritarismo da educação tradicional, ameaçando ou batendo nos filhos, com o falso argumento de que a nova geração precisa de disciplina e de obediência. Algumas escolas particulares também fazem propaganda de seu método rigoroso e disciplinador, atraindo principalmente os pais fracassados e autoritários camuflados desejosos pela terceirização da educação dos filhos.

A ‘pedagogia da palmada’ vem influenciando até mesmo alguns especialistas que acreditam que é preciso colocar freio na indisciplina. Marilda Lipp, doutora em psicologia do comportamento, escreveu um artigo cujo título era justamente “A palmada educa” (Veja, 01/05/96). Embora a psicóloga ressaltasse que a criança não deve ser punida na primeira vez que erra; que os pais devem sempre explicar o porque ela deve apanhar e alertá-la sobre as conseqüências de seus atos, a verdade é que o artigo tinha um tom, começando pelo título, de que a palmada tem o poder de educar.

Em verdade “a palmada deseduca”. Esse é o slogan da campanha que o Laboratório de Estudos da Criança (LACRI), da Universidade de São Paulo, quer erradicar através de uma petição, desestimular pais e educadores a bater nas crianças, nem que seja eventualmente. A discussão sobre castigos corporais também chegou a Brasília. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados está mobilizando seminários sobre o tema. O presidente da comissão, deputado Marcos Rolim (PT-RS), quer desencadear uma campanha para conscientizar a população e apresentar experiências internacionais.

Países de 1º. mundo, hoje, “autorizam” pais e professores de usarem os antigos instrumentos de castigos (ou tortura) como palmatória, chicotinho, varinha, corda, cinto, etc. Uma amiga que viveu durante um ano na cidade de Lion, França, disse-me que são vendidos chicotinhos especialmente feitos para bater em crianças desobedientes. A Inglaterra que ficou conhecida internacionalmente pela experiência libertária da Escola de Summerhill, só suspendeu o castigo físico do seu sistema educacional em 1989. Recentemente (2004) o parlamento inglês voltou a discutiu a necessidade de aplicar castigos físicos como medida educacional legítima.

Nos países escandinavos, embora a educação seja rígida, existem leis que proíbem os pais usar violência contra seus filhos. As crianças podem fazer denúncias, e assistentes sociais ficam de plantão para evitar essa pratica.

Não faz muito tempo que Cingapura, país de regime político autoritário e um sistema financeiro importante, localizado na Ásia, impôs uma pena judiciária de chibatadas a um jovem norte-americano que transgrediu as severas leis daquele país.

Apesar do liberalismo ‘oficial’ e aparente permissividade educativa dos norte-americanos, a maioria da população dos EUA consultada não apenas aprovou a pena judiciária de Cingapura para o crime de tráfico de drogas como gostaria que sua justiça também fizesse uso de castigos físicos para transgressores da lei. Para reforçar essa atitude repressiva, uma pesquisa divulgada declara que 61% dos pais norte-americanos aprovavam castigos físicos como uma forma de punição válida, e 57% disseram acreditar que até mesmo bebês de seis meses podem merecer uma surra[1].

Palmada em casa e palmatória na escola

O castigo físico em crianças foi introduzido no Brasil pelos padres jesuítas no século XVI, causando indignação nos indígenas, que repudiavam o ato de bater em crianças. A correção, como explica a historiadora Mary Del Priore, no livro História das Crianças no Brasil, era considerada uma forma de amor. O excesso de carinho devia ser evitado porque fazia mal aos filhos. A relação entre os pais e suas crianças teria de ser o espelho do amor divino, segundo o qual, amar é castigar os erros e dar exemplo de vida correta. Os castigos disciplinares devem ser aplicados não apenas para corrigir as chamadas ‘malcriações’ e ‘birras’ como também serve para sacudir a preguiça que é considerada culpada de muitos erros e ignorâncias desde cedo no espírito da criança.

A perspectiva judaico-cristã sempre foi favorável por uma educação por meio de castigos físicos. A historiadora comenta que "a partir da segunda metade do século XVIII, com o estabelecimento das chamadas aulas régias, a palmatória era o instrumento dessa época, dirigido aos professores”.

“Ao expulsar os jesuítas de Portugal e de suas colônias, em 1760, o Marquês de Pombal pôs fim à principal forma de educação vigente no Brasil. Segundo o pesquisador Luiz Kelly Martins dos Santos, a Reforma Pombalina foi catastrófica porque era um plano político, não pedagógico."O alvará assinado pelo rei de Portugal e aplicado no Brasil (seria precursor da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) introduziu normas punitivas a professores e alunos - nestes últimos, podia-se aplicar castigos físicos como palmatória e ajoelhar-se no milho"[2].

No Rio de Janeiro onde hoje existe um Museu da Tecnologia da Educação - que faz parte do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae) -, levantou uma pesquisa histórica sobre a palmatória. Curioso é que "o instrumento que está exposto e faz parte do nosso acervo é inglês, e não brasileiro", declara o pesquisador Martins dos Santos, um dos organizadores do museu, ao explicar a diferença do formato. "A palmatória usada no Brasil era uma haste que terminava em uma peça circular de madeira que, por sua vez, possuía furos em forma de cruz. Quem apanhava com o instrumento ficava com bolhas na mão similares aos desenhos dos furos".

A palmatória tornou-se um símbolo de disciplina na educação da geração do Brasil Colonial. Mas foi ainda muito usada depois da Independência. "Era comum nas formaturas de fim de ano os alunos presentearem os professores com palmatórias feitas de madeira compensada ou papelão, como forma de mostrarem submissão à autoridade", afirma Martins dos Santos.

Muitos dos instrumentos expostos no Museu da Educação ainda são usados hoje em dia. Basta ler os jornais da capital e principalmente do interior do Brasil para encontrarmos notícias sobre diversos tipos de castigos físicos, puxões de orelha, obrigar a criança ajoelhar-se no milho, e casos escabrosos que configuram crime de tortura realizado em casa ou em escola.

A ideologia e eficácia dos castigos físicos

No estudo de Michel Foucault (1977) o uso do castigo físico faz parte de um sistema de controle de uma sociedade investida do sentido da ordem e da lei. A vigilância enreda a todos, e não apenas as crianças. As instituições do século 18, ligadas por uma espécie de ‘rede’ de crenças, valores e hábitos, geraram um sistema de vigilância, controle e punição desde a família, até prisão, passando pela escola ou serviço militar. A educação tradicional era autoritária porque podia impor, todo o seu saber e poder para “torcer o pepino desde pequeno”. Era um sistema educativo que acreditava ser preciso formar um cidadão “disciplinado” para ser “dócil” a nova ordem moderna. Mas em nossa época denominada pós-moderna querer resgatar o castigo físico como método educativo, além de ser um contra-senso é uma prática fora de lugar. Os pais que ousam bater nos filhos, no fundo, carecem de palavras e de espírito democrático. Funcionam como o terrorismo que através de seu ato – bruto, rude, bárbaro - pretendem eliminar o sentido das palavras e o valor do diálogo na construção do verdadeiro sujeito. Mais ainda, eles acreditam que são donos do corpo dos filhos assim como era o senhor de escravos; alguns professores ainda vivem no mundo delirante dos anos 70, acreditando que podem dirigir os corpos, os corações e o futuro dos seus alunos.

Alain [Émile Chartier -1868-1951) outro pensador francês, embora sendo conservador e positivista, já em sua época recomendava, primeiro, aos pais “educar”, e a escola “ensinar”. Cada qual deve fazer bem a sua função. Os pais devem “educar” com firmeza, “mas não com pancadas”.

Há controvérsias se deve ou não usar de vez em quando uma palmadinha, como recurso último para interromper a repetição das birras ou ‘malcriações’ infantis que indicam ruptura dos limites aceitáveis. A posição favorável ao uso de “palmada” sinaliza que esse natural uso da “a mão aberta” (e não o uso de instrumentos como o cinto, o chicote, que extrapolariam o sentido de correção educativa) tem intenção de ser um ato complementar à educação por palavras. Todavia atualmente existe a tendência no mundo ocidental que a palmada não funciona como método educativo, pelo contrário, causa ressentimento, dor, ou seja, pode causar um efeito contrário à educação. O ato de bater reforça, sem dúvida, o autoritarismo e sadismo do mais forte sobre o mais fraco, no caso, a criança, termina ficando ressentida e com raiva. Existe suspeita de que o ato de bater pode levar o agressor a uma compulsão à repetição, isto é, a adquirir prazer e gozo sádico em bater.

O professor da Faculdade de Educação da USP e escritor de vários livros sobre educação e ensino escolar, Julio Groppa Aquino e a psicóloga e colunista da Folha de S. Paulo, Rosely Sayão, disseram em uma mesa-redonda em Maringá que, quando bem posicionados no seu papel de pai e mãe não precisam usar de violência para corrigir erros ou evitar reincidências dos filhos. Por exemplo, existem atividades passíveis de “negociação”, como a hora de chegar em casa, mas existem as “obrigatórias” - tais como tomar banho ou ir à escola mesmo não gostando - dependem do posicionamento dos pais como autoridade para que os filhos obedeçam. Ou seja, se os pais perderam o autocontrole e partem para agressões físicas, é porque já vinham abdicando o lugar de autoridade necessário aos pais.

Vivemos numa época de crise de paradigmas, inclusive no campo da educação. Ninguém tem a verdade e existe confusão quanto qual a melhor maneira de educar. A falta de bom senso de alguns pais, bem como também a contradição entre a teoria e a prática de outros supostamente melhor preparados são visíveis e comentados. Pena que nunca os pais ficam sabendo diretamente sobre o seu erro, salvo quando são chamados na escola ou quando vão à terapia. Conhecemos educadores profissionais que dizem serem contra o castigo físico, mas o desmentem na prática. Quando tomam consciência sentem culpa. Há quem não usa castigo físico, mas abusa de castigo psicológico, que pode ser ter efeito mais traumático para a formação da personalidade da criança. Castigo psicológico não deixa de ser também uma forma de violência que marca para sempre a alma do sujeito com sofrimento, embora deixe intacto corpo da vítima.

Para a ABRAPIA (Associação Brasileira Pais, Infância e Adolescência), violência psicológica é rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, desqualificação, negligência, bullying (intimidação, perseguição e isolamento da criança), omissão de responsabilidades e punições exageradas. Por exemplo, punir uma criança para ficar em casa enquanto toda a família viaja de férias, é uma violência psicológica que em nada contribui para a sua educação. Nesse caso, no fundo, a motivação básica dos pais não é educar, mas projetar sua raiva, se auto-enganando que estão fazendo a coisa certa.

Quem castiga esquece, quem é vítima jamais esquece. Uma criança pode receber um castigo e não entender qual é a ligação dele com seu erro. Por isso, sempre temos que explicar a diferença entre o “certo” e o “errado”, e criar condições para ela saber antecipar os efeitos de seus atos e poder refleti-los depois. Basil Bernstein demonstrou que as explicações “elaboradas” são mais entendidas pela criança do que as simples ordens e proibições, chamadas por ele de “código restrito”. Ou seja, segundo o sociolingüista, a criança atende melhor um pedido do tipo “por favor, abaixo e som, que estou atendendo ao telefone”, do que apenas a ordem seca: “Desligue isso”.

Educa bem os que usam bem as palavras, atos, acompanhados de olho-no-olho, de silêncio grávido de sentido; acertam na educação dos filhos os pais que sabem – e tem coragem – de escutar. Pais que falam palavras vazias, que fingem ser o ‘amigão’, abdicando-se de sua autoridade de pais, podem estar cometendo uma fraude educativa. Castigos e punições, como também dar prêmios sem merecimento, podem causar efeito negativo na formação do futuro cidadão.

Equilibrar palavras e atos assertivos, sem recorrer o uso de violência física, é fazer da educação uma arte e nova ética para uma nova geração que poderá ser mais democrática e mais feliz.

Fonte: http://www.e-familynet.com/phpbb/palmada-educa-vt345631.html

Socorro! Está Impossível Educar o Meu Filho!

Mediante as dificuldades cotidianas de se educar os filhos, vê-se a necessidade de agir com maior rigor, utilizando-se de um planejamento a ser compreendido e discutido entre todos aqueles que convivem com as crianças. É importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos. Não obstante, agir organizadamente traz mais harmonia para dentro dos lares, além de gerar a gostosa sensação de se estar cumprindo a vital missão: educar o ser humano para uma vida mais plena.


Faz-se necessária a lembrança de que a educação infantil deve acontecer em casa, e que à escola compete a formação acadêmica, acrescida de alguns valores. Portanto, é um casamento de forças educacionais e não um jogo de empurra-empurra, no qual a criança deixa de ser educada e de quebra sente-se um transtorno. A educação leva tempo, não ocorre da noite para o dia. Ela é um processo. Não somos máquinas programáveis, somos gente, que necessita de desenvolvimento e maturidade para tornar a vida melhor.

Os últimos tempos têm dado amostras de resultados desastrosos de uma educação com baixos limites em sua estrutura, além da bola-de-neve dos relacionamentos ruins que são desenvolvidos, parte como conseqüência deste equívoco. Contudo, a natureza é especial, e as possibilidades favoráveis são ilimitadas. Para aqueles que despertam com nova esperança em seus corações, encontrarão força para fazer a diferença, de seu jeito particular, próprio de cada família.

Destacam-se alguns pontos-chave no processo de educação. Eles determinam o grau de êxito em cada caso. São o sacrifício, acordo, objetivos, conhecimento, paciência, firmeza e perseverança. Acrescente outros itens que desejar e melhore ainda mais este encontro de boa vontade na educação dos filhos.

1. SACRIFÍCIO: A tarefa da Educação requer sacrifícios como o da paciência, perseverança e firmeza. Tudo tem um preço na vida. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. Há tempos as pessoas evitam os sacrifícios, cujo termo significa: privação de coisa apreciada.

2. ACORDO: Todos os cuidadores precisam conhecer e estar de acordo, e agir em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação sobre a forma de se educar, em comum acordo. A criança percebe o conjunto coerente.

3. OBJETIVOS: Estas tarefas de Educação visam a educar a criança e, conseqüentemente, trazem mais harmonia para o lar. Todos devem ter conhecimento acerca do que se pretende com a educação.

4. CONHECIMENTO: A criança, a partir de 2 anos de idade aproximadamente, testará e contestará os pais, utilizando-se da famosa birra (choro, esperneação, etc) como instrumento para esta finalidade “Quem não chora, não mama”.

5. PACIÊNCIA: Sem a paciência desistimos de nossos projetos, com ela, nos alimentamos diariamente, dando forças para a firmeza.

6. FIRMEZA: Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam a consistência e a segurança da criança. Lembre-se que o tempo gera o hábito. O hábito gera economia.

7. PERSEVERANÇA: No dia.a.dia é que se constrói a educação, portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor.

Vale lembrar a questão humana presente na vida familiar: o quanto se está envolvido com os filhos e as influências causadas nos pais em virtude de seus comportamentos. Ou seja, tolera-se ou não certos comportamentos infantis de acordo com algumas experiências passadas dos pais, tais como o choro, as dificuldades, etc. Os pais podem estar “cegos” mediante certos comportamentos dos filhos. A história de vida é singular. Cada um tem a sua, inclusive a criança. Misturar as estações só dificultará o processo educacional, e de convivência. Não é tarefa fácil, todavia vale a pena.

Outra questão é o sentimento de culpa é comum nos pais, em virtude do pouco tempo que passam juntos com os seus filhos, pelo baixo ânimo e paciência que oferecem após um dia de exaustivo trabalho, além do acúmulo de noites mal dormidas, etc. No entanto, a culpa apenas dificulta a educação, diminuindo as chances de se praticar o que é necessário. Os pais acabam invertendo as prioridades, dão o que não deve, a exemplo dos presentes. Não compre os filhos com coisas, compartilhe educação.

Algumas regras colaboram no processo da educação infantil:
1. Estar disposto a certos sacrifícios.

2. Manter comunicação constante. As conversas fazem parte da educação.

3. Não atender as birras, mas aos pedidos.

4. Expor à criança que só será atendida se pedir em tom de voz normal.

5. Evite usar os personagens de televisão para amedrontar ou punir os filhos, faz mais sentido alegar que são os pais ou cuidadores que estão educando.

6. Não voltar atrás.

7. Oferecer algum tempo diário para se dedicar aos filhos, carinho, brincadeiras, etc.

8. Evite a contradição entre o que é dito pelos pais. A criança se sente confusa e dividida.

9. Os pais são o modelo a ser seguido. Pense que tipo de modelo é o seu.

10. Não acredite que o tempo, por si só, dará jeito na situação. Não haveria sentido em existir a educação.
O pedido de socorro emitido pelos pais é compreensível, porém, a criança também grita por ajuda. A birra é uma forma de saciar os prazeres infantis, entretanto, quando atendida, ela agrada e ao mesmo tempo gera um mal estar na criança, que precisa de educação. Quando nos sentimos sem apoio (limites), a angústia é a sensação que expressa tais circunstâncias. O sacrifício de manter a educação é a luta diária que cabe aos pais, e que tem como recompensa a boa formação. Sacrifício requer uma cota de entrega. Em Efésios 5:2, temos: “e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”.

Pense profundamente sobre a entrega que deseja empreender. O método que persiste é aliviado pelo tempo. A criança aprende e cria os seus mecanismos próprios. Creia nela e em suas possibilidades de educação.



Autor: Armando Correa de Siqueira Neto
Fonte: http://www.e-familynet.com

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Acidentes domésticos e crianças: o perigo mora em casa.

Pessoal,depois de algum tempo afastada do Blog,devido aos estudos dos filhos minha Faculdade enfim, agora consegui retornar,mas nunca deixei de ver os lindos trabalhos que vocês tem feito em prol da educação.Resolvi postar um assunto que ocorre muito nas nossas vidas,e principalmente para quem tem filhos pequenos.Eu li uma reportagem na internet e gostaria de compartilhar com vocês,sei que este assunto não será novidade para ninguém,porém vale a pena sempre ter precaução.

O acolhedor ambiente doméstico esconde riscos e perigos à saúde e bem estar das crianças, que correm sérios riscos de vida que vão dos maus tratos de babás ou cuidadores irresponsáveis à intoxicações, quedas e choques elétricos.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, 90% dos casos de acidentes domésticos com crianças são previsíveis e poderiam ser evitados pelos pais.

Os principais fatores de riscos estão diretamente ligados à faixa etária da criança. Crianças com até 2 anos de vida por exemplo, têm maior tendência a sofrer danos neurológicos em casos de traumatismos cranianos. E está sujeito a riscos impostos por terceiros: pode ser deixado caído no chão, queimado por líquidos, intoxicados por medicamentos e asfixiados dentro de carros fechados, por exemplo.

Já na idade pré-escolar, de 2 a 7 anos, a criança quer explorar o ambiente, como por exemplo, testar se pode voar como os super-heróis ou cair de determinada altura sem se machucar como nos desenhos animados.Nessa idade são comuns: quedas de bicicletas e de lugares altos, ferimentos com armas de fogo, cortes e traumatismos dentários entre outros casos.

No ambiente familiar, muitas crianças são vítimas de traumas por negligência de quem deveria cuidar delas. Fatores como pobreza, separação dos pais, ausência de seguro médico, famílias com muitos filhos, crianças com temperamento difícil ou com necessidades especiais são fatores que predispõem essas violências.

No Brasil, descontando-se o primeiro ano de vida, as injúrias físicas causam mais mortes de crianças e jovens do que a soma de todas as principais doenças. Até dois terços de todos os óbitos ocorrem por causas externas – traumas no trânsito, queimaduras, afogamentos e homicídios de adolescentes. A cada ano, os traumas físicos vitimam cerca de 200 mil crianças e adolescentes brasileiros com incapacitação física para o resto da vida.

DICAS PARA UM AMBIENTE MAIS SEGURO

Chupetas: Evite as que contém partes descartáveis, que podem provocar asfixia. Deve conter um espaço entre o bico e o anel de pelo menos 3 cm, para impedir que a criança ponha a chupeta toda na boca.

Protetores de Escadas e Janelas: Devem ser instalados em toda casa com crianças. Grades e telas devem ser instaladas em janelas, sacadas e varandas, além de portões de segurança em cima e em baixo de escadas e também na entrada da cozinha para limitar o acesso dos pequenos a esses ambientes.

Lesões com Bicicletas, Skates e Scooters: O uso do capacete é obrigatório, assim como é recomendado o uso de protetores de joelhos, punhos e cotovelos.

Atropelamentos: Instruir a criança a andar somente em áreas apropriadas, evitando ruas, estacionamentos e garagens.

Asfixias: Um saco ou uma sacola plástica deixados por esquecimento perto da criança podem provocar asfixias fatais em menores. Evitar sacos plásticos, balões e bexigas nas brincadeiras do menores de 6 anos.

Lesões Tecnológicas: Convém limitar o tempo de uso de computadores e videogames para evitar problemas de coluna e de visão. Verificar a cadeira e a posição da criança diante da tela.

Quedas: Manter caixas, objetos grandes e acolchoados longe de janelas, varandas e portas, para não servirem como meio de escalar ou cair.

Fonte: http://www.zill.brasilportais.com.br/geral/acidentes-domesticos-e-criancas-o-perigo-mora-em-casa-confira-aqui-229043.html